Foto: Silvio Abdon/CLDF
O Dia do Economista é comemorado anualmente em 13 de agosto, desde 1951, quando Getúlio Vargas sancionou a lei 1.441, que regulamentou a profissão
A Câmara Legislativa do Distrito Federal, sob proposta do deputado Agaciel Maia (PL), realizou nesta segunda-feira (15/8) uma sessão solene para celebrar o Dia do Economista. O evento realizado no Plenário da casa contou com a presença de diversos representantes da área e foi transmitido ao vivo pela TV Câmara Distrital.
O Dia do Economista é comemorado anualmente em 13 de agosto, desde 1951, quando Getúlio Vargas sancionou a lei 1.441, que regulamentou a profissão. Conforme Agaciel Maia, no Brasil existem 70 mil economistas em atividade no país, “dos quais 3.370 estão no Distrito Federal, Inscritos no Corecon”.
O parlamentar aproveitou para discorrer sobre o papel desse profissional, “estuda os fenômenos econômicos, busca compreender, modelar e prever o comportamento dos indivíduos, das instituições, do mercado e propor políticas para melhorar o desempenho econômico das empresas, bem como propor políticas econômicas governamentais para aumentar o desenvolvimento econômico do país, criar empregos, gerar renda e combater a inflação”, completou.
O conselheiro efetivo do Corecon-DF, Carlos Eduardo de Freitas, frisou que a parceria entre economia e política é de grande necessidade. “Eu noto a aproximação da CLDF com a ciência econômica que vem desde 2014 e isso é muito importante. A ciência econômica não é uma destruidora de sonhos, pelo contrário, ela é um instrumento para que os sonhos que os políticos sonharam com seus eleitores se tornem realidade e não virem pesadelos. Vejo essa homenagem e essa aproximação dos políticos com a economia com muita esperança em seus resultados.”
Freitas ainda ressaltou que a ciência é econômica muitas vezes é apontada como vilã indevidamente, “ economia é uma ciência social aplicada conhecida injustamente como uma ciência triste, depressiva e pessimista, esta é a fama da economia. Talvez porque ela proponha estabelecer os limites do possível tanto para uma pessoa individualmente, como para as empresas, como para a nação, mas é uma injustiça, pois dá a impressão de que o economista é o vendedor de impossibilidades.”
O chefe do Departamento de Economia da Universidade de Brasília, Roberto de Goes apontou para a diversidade de visões que se faz presente entre os cientistas econômicos e que essa pluralidade é essencial. “Nossa área é diversa, onde as opiniões são distintas, a gente tem fama de discordar, e isso é muito bom. É aquela área que se diz que duas pessoas podem ganhar um Nobel por dizer o contrário do outro.”
Goes destacou também o papel dos profissionais que estão se formando e dos estudantes de economia no cenário atual e futuro. “Os economistas que estão se formando agora terão o papel de reconstruir a economia no pós-pandemia e eu acredito que eles estão a altura. É com muita satisfação nesse momento que eu represento a academia e especialmente os que se dedicam a formar novos economistas para que a profissão continue cada vez mais forte, cada vez mais marcante no Distrito Federal.”
Como apresentado pelo presidente do Conselho Regional de Economia do DF, José Luiz Pagnussat, o Corecon tem papel destacado na economia do Distrito Federal desde o séculos passado, “o conselho historicamente sempre se preocupou em colaborar com o desenvolvimento do DF, realizamos ainda nos anos 80 um grande estudo, em parceria com UnB, sobre a economia do DF.” Para José Luiz, esse empenho em corroborar com o crescimento do Distrito Federal deve ser mantido. “Agora acho que podemos pensar novamente em um novo estudo em parceria com a Comissão de Orçamento e Finanças da CLDF, e os departamentos de economia.”
Ao final do evento, Agaciel Maia, que também é economista, recebeu uma homenagem do Conselho Regional de Economia (Corecon-DF) pelos serviços prestados à categoria e moções de louvor foram entregues aos trabalhadores da classe.
Isabella Almeida