Neste domingo, 27 de agosto, das 14h às 23h30, na praça do Cine Itapuã, as bandas convidadas – Juventude Maldita (SP- punk rock) e a A.R.D (After Radioactive Destruction- DF- punk hardcore)- além de oito bandas selecionadas nas audições do Festival de Rock Autoral, se apresentarão no encerramento do evento. Abra Kebradah, Pássaro Preto, Caracol . A, Castilio,Spools, Amanita Muscaria, StereoSoul e Macakongs 2099 prometem fazer shows dignos de nota. A entrada é franca com recolhimento de alimentos no local. A programação completa do projeto está disponível no site gamavidaearte.com.br
O evento faz parte das atividades do Projeto Gama Vida e Arte Festival Multicultural, que tem o objetivo de fortalecer a arte local promovendo espaços para que o público prestigie, ao vivo, o trabalho desses artistas, além de impulsionar a criação de comunidades em torno da música independente. O Gama Vida e Arte Festival é realizado pela Associação Companhia Lábios da Lua e patrocinado pelo FAC-DF.
O coordenador-geral do evento, Geovane Batista, afirma que para a fase seletiva ao vivo do Festival de Rock Autoral classificaram-se 16 bandas, num total de 49 inscritas. As vencedoras das audições, por meio de links recebidos via internet, apresentaram-se para o público no Bar do Japão, Setor Sul do Gama, no dia 20 de maio.
“No domingo, com essas super bandas, encerraremos em grande estilo a parte de apresentações artísticas do projeto Gama Vida e Arte Festival”, disse Geovane.
O coordenador adianta que em breve serão abertas as inscrições para o Curso de Elaboração de Projetos Culturais, voltado à comunidade artística.
“Essa será a nossa última atividade do projeto. O curso será ministrado em 8 h/aula, com recursos de acessibilidade (tradução em Libras e audiodescrição)
pelas Oficinas Populares de Gestão Cultural”, revela Geovane.
Festival de Rock Autoral – Na primeira seletiva ao vivo (realizada em 13/05), entre 8 concorrentes, classificaram-se as bandas Caracol.A, Castilio, Spools e StereoSoul. Na segunda seletiva ao vivo (realizada em 20/05), entre 8 concorrentes, foram classificadas as bandas Abra Kebradah, Amanita Muscaria, Macakongs 2099 e Pássaro Preto.
BANDAS
Juventude Maldita (SP) – Com carreira já marcada na cena nacional e internacional (com apresentações na América do Sul, na América Central e na Europa), a Juventude Maldita foi formada em São Paulo, em 1997, por 3 jovens que queriam falar o que pensavam sem papas na língua. O estilo era e continua sendo Punk Rock, com letras de contestação, melodias e vocal agressivo. A Juventude Maldita é formada pelo trio DMNT (guitarra e vocal), Bolão Junior (baixo e vocal) e Thitêra (bateria e voz).
A.R.D (After Radioactive Destruction) – A banda é formada pelo vocalista e baixista Gilmar Batista (remanescente da primeira formação da banda), Sávio Américo na guitarra e backing vocal e Marcus Vinícius na bateria. ARD nasceu no outono de 1984 no Gama (DF). Seu primeiro registro sonoro deu-se com a gravação, em 1986, dividindo com outra banda de punk de Brasília o split LP “Ataque hordas do poder”. Neste trabalho, a banda usava seu nome original Stuhlzäpchen Von N, cuja tradução do alemão é Supositório Nuclear. Este disco foi o primeiro registro de uma banda de rock pesado (hardcore) do Centro-Oeste. Após este LP, o grupo mudou seu nome para ARD (After of the Radioactive Destruction) para facilitar a pronúncia. Em 1988, a banda volta ao estúdio e grava o LP “Causas para Alarme”, elogiado por toda a imprensa especializada. Em 1993, com nova formação, grava um 7’EP (compacto) com quatro músicas, intitulado “My Brazil: better 4 than nothing”, cuja resenha elogiosa da revista americana Maximmum Rock’n’Roll, considerada a bíblia do underground mundial, demonstra a acolhida internacional da banda. Até Jello Biafra, ex-vocalista da lendária banda Dead Kennedys, elogiou o ARD em carta enviada à banda. Quem ouve o ARD nota que a banda tem composições em inglês, português, espanhol e alemão, característica que acompanha a banda desde seus primeiros acordes. As temáticas das letras giram em torno da defesa do meio ambiente, anti-guerra e problemas sócio-políticos que, por serem consideradas em seu contexto mundial, justificam o uso dos diferentes idiomas.
Abra Kebradah- A banda surgiu no início do ano de 2023, com a junção de quatro artistas pretos: neguindubit (Matheus Abreu), Nico Di Sousa (Mychael Dhouglas), Dalai (Gabriel Dalai) e Theo Garcia (Gabriel Garcia). Os integrantes residem na Santa Maria e no Gama, e adquiriram conhecimento musical em diferentes contextos: igrejas, bandas de rock, rodas de samba, bloco de fanfarra, capoeira e entre diversas vivências que fizeram parte de suas formações artísticas. Além disso, a maioria dos integrantes também estudaram em instituições de ensino (CEP Escola de Música de Brasília e Universidade de Brasília). A inovadora sonoridade mistura de elementos musicais eletrônicos até os acústicos, e o estilo musical tem como referências o samba, o rock, o rap, a soul music, o synth psicodélico, o drum n bass e entre outros. Suas composições são baseadas nas guitarradas zeppelianas do Theo, baixarias de funkeadas de Dalai, nas harmonias jazzísticas de Nico e no groove apimentado do dubit. Além de suas músicas autorais a banda também se dispõe como banda de apoio para artistas da quebrada, estando aberta a feats, produções e apresentações ao vivo.
Amanita Muscaria -Com quase 30 anos de estrada e centenas de shows realizados, o novo trabalho traz letras relacionadas ao meio ambiente com uma roupagem rock e inaugura uma nova fase da banda, rock no palco e interação com o público – assim pode ser definido o show da banda brasiliense Amanita. Com forte conteúdo autoral, a banda alia qualidade sonora a performance visceral no palco. Com o novo álbum Ambiental rock a banda leva para o ouvinte reflexão sobre as atitudes do homem em relação à natureza e as prováveis consequências da má utilização dos recursos naturais. O lançamento deste trabalho foi realizado em 2013 no evento “Limpa Brasil – edição Brasília” que trouxe ao palco, além da banda AMANITA, a Orquestra Sinfônica do Teatro Nacional Claudio Santoro, Lenine e Monobloco, com público estimado de 25 mil pessoas. A banda, formada por Derez Marques (Voz), Beto Oliveira (guitarra), Thiago Amaral (baixo), Dudu Carvalho (bateria) esteve presente em importantes eventos como: “Limpa Brasil/DF”, “Mostra Nacional Ambiental/DF”, “Festival Porão do Rock/DF”, “Brasília Music Festival/DF”, “FIFA Fan Fest/DF”, “Festival de Culturas Verde/BA”, “SESC Fest Rock/RO”, “Enfarta Festival/SP” e, mais recentemente, teve a música “Governos Ecos suicidas” selecionada pela curadoria do “Webfestvalda/RJ”.
Caracol.A – O Caracol.A teve início em Belo Horizonte, em 2017, com o vocalista Gui Lanna. O intuito era apresentar ao público canções que revelassem os dilemas do homem urbano, inserido em um contexto tecnológico, contudo, conflituoso, já que as pessoas seguiam e seguem se sentindo isoladas, desconfiadas e mal compreendidas, mesmo com as praticidades modernas. Em 2021, a banda renasce, em Brasília, com uma nova formação: Alex Bento (contrabaixo), Gui Lanna (vocais), Junior Moreira (bateria/sampler) e Ismael Gustavo (guitarras). A proposta é seguir firme na construção de uma sonoridade tecnológica, caótica e bem rítmica – uma espécie de “excesso sonoro” com coisas importantes a se dizer. O nome do quarteto faz alusão ao “arroba” (@) – o “Caracol em A” – um dos símbolos mais fortes da internet, que denota esta ideia de “lugar virtual” que somos e/ou representamos. Arroba também é uma unidade de medida para coisas robustas, algo que a banda gosta de demonstrar no som e nas temáticas das letras. A nova fase da banda traz uma sonoridade mais pesada, com timbres e arranjos modernos e amadurecidos.
Castilio – Castilio conta com a originalidade do Guitarrista Rhafael Denier, com o timbre doce e diversidade vocal de Hudson Soares, com a precisão, versatilidade e brasilidade de Leandro Neiber, as linhas de baixo e grooves marcantes de João Felipe e as lindas harmonias das teclas de Mikael Seabra. A banda traz um repertório completamente autoral. Mas não se espante se ao escutar suas músicas você tiver a impressão de que já as conheciam. Ao cantar suas canções uma única vez, tenha certeza que elas nunca mais sairão da sua cabeça. Castilio traz consigo influências de bandas dos anos 80’ e 90’, timbres característicos e muito bem escolhidos em seus processos de produção, além de uma maturidade musical de impressionar qualquer um! Em suas apresentações apenas algo é incomum: não se emocionar!
Macakongs 2099 – Com mais de duas décadas de atividade, o Macakongs 2099 foi formado em junho de 1998, em Brasília (DF), e lançou, durante esse período, quatro álbuns: “Bikinis Don’t Kill” (2000); “Ricos, Bonitos Sortudos e Bons de Briga” (2001); “Ultimate Hot Super Câncer Meneghel” (2002); e “Tropicanalia” (2007) e em por último com o lançamento do álbum com título “Amor”(2020). No áudiovisual, a banda produziu vários clipes autorais, todos na íntegra no canal da banda no Youtube (Macakongs 2099 Hardcore), e produziu também um DVD, chamado de “João Se Arme (2010)”. Além desses, participou da trilha sonora do filme “Acid Bath (2006)”. O Macakongs 2099 vem se apresentando ininterruptamente desde sua criação e já excursionou por quase todas as regiões do Brasil. Sua formação atual conta com Phu (baixo e voz), Léo (Guitarra e voz), Wa (Guitarra) e Guilherme (bateria) .
Pássaro Preto – José Carlos da Silva Carvalho na adolescência, conheceu o rock com mais intensidade e decidiu que queria ser guitarrista de bandas de rock e essa vontade fez com que Zeck criasse e participasse de várias bandas. No final de 2018, Zeck deu início ao seu projeto paralelo chamado Pássaro Preto. O projeto foi criado para trazer o lado mais intimista e independente de Zeck onde ele cria suas músicas com uma mistura de Rock,Blues,Country & MPB, tentando trazer um som legítimo para cena autoral de Brasilia.
Spools – A banda Spools foi formada em Taguatinga (DF) no primeiro semestre de 2016 por um grupo de músicos que estudavam juntos na mesma escola. O que começou como uma atividade divertida no ambiente escolar logo se expandiu para apresentações em casas de shows locais e, nos anos de 2017, 2018 e 2019, tiveram a oportunidade de participar do renomado Festival Interescolar de Música de Taguatinga (FIMT). Em 2019, se apresentaram no Taguaparque, durante a “Festa dos Trabalhadores”, que reuniu mais de 20 mil pessoas. Nesse evento compartilharam o palco com Vanessa da Mata e Odair José. A banda agora está com uma nova formação composta por quatro músicos: Fábio Silva nos vocais e guitarra, Gabriel Fatureto na guitarra, Huanderson Matheus no baixo e Fernando Nedel na bateria. Atualmente, a Spools está concentrada na conclusão da gravação do seu primeiro álbum. Com uma sonoridade única e letras cativantes, eles esperam lançar o álbum em todas as plataformas digitais, alcançando um público ainda maior e compartilhando sua paixão pela música com o mundo.
StereoSoul – Formada em 2016, no Gama (DF), a banda StereoSoul atua no cenário independente de Brasília, mesclando elementos de vários subgêneros do rock. Portanto, o termo Crossover é apropriado para dar referência à sua sonoridade. O nome da banda, formada pela junção das palavras stereo e soul, além de referir-se à estereofonia, alude às origens da palavra estéreo; como algo sólido, presente e tangível. Já a segunda parte do nome da banda, soul, se refere à alma, ânimo, intelecto, emoções e vontades, além de ser um gênero musical querido pelo guitarrista Júnior Costa. Para a StereoSoul, seu nome inspira a estar realmente presente em cada som executado, dando vazão às vontades, emoções e à expressão humana através da música. StereoSoul é formada por Júnior Costa na guitarra, Jorge Facruz na bateria, Alécio Bezerra no baixo e Wanderson França no vocal..
Gama Vida e Arte É um Festival multicultural com várias atividades: um festival de hip hop nas modalidades breaking, batalha de rimas e mostra de grafites, um festival de rock autoral, uma coletânea de artes visuais, um jardim de cheiros, uma exposição sensorial, um festival de teatro, um festival de bonecos e contação de histórias, um curso de elaboração de projetos culturais, e ainda, dois espetáculos com uma hora de duração cada.
Acessibilidade O Coordenador-Geral do projeto, Geovane Batista, ressalta a importância da acessibilidade da iniciativa. “O Festival contou com atividades no decorrer deste ano e teve tradução em Libras, folders em braile e QR Codes dando o devido o acesso e respeito a quem tanto precisa”, finalizou Geovane Batista.
Serviço:
O quê: Evento de encerramento do Festival Rock Autoral – Com as bandas convidadas – Juventude Maldita (SP- punk rock) e a A.R.D (After Radioactive Destruction- DF- punk hardcore)- além de Abra Kebradah, Pássaro Preto, Caracol . A, Castilio,Spools, Amanita Muscaria, StereoSoul e Macakongs 2099
Quando: Neste domingo, 27 de agosto, das 14h às 23h30
Onde: Praça do Cine Itapuã (Gama-DF)
A entrada é franca com recolhimento de alimentos no local.
O evento faz parte das atividades do Projeto Gama Vida e Arte Festival Multicultural, realizado pela Associação Companhia Lábios da Lua e patrocinado pelo FAC-DF.
Informações: gamavidaearte.com.br ou no Instagram @cialabiosdalua