Agora, Unidade de Terapia Intensiva do HRS funciona 100%
O Hospital Regional de Sobradinho (HRS) reabriu o último leito que estava inoperante na sua Unidade de Terapia Intensiva (UTI) adulto. Com isso, a capacidade total subiu para oito leitos, disponíveis aos pacientes em estado grave, que necessitam de hemodiálise – processo que filtra o sangue para remover as substâncias tóxicas.
“Agora, a UTI funciona 100%, com todos os leitos ativos. É um enorme ganho para a região e para toda a rede de saúde porque é dialítico e tem uma grande demanda. Ou seja, é mais um leito regulado à disposição da população”, afirma o superintendente da Região de Saúde Norte, Ricardo Tavares.
Por falta de equipamentos, o leito ficou desativado por mais de quatro meses. Para mudar esse quadro, foi necessário o trabalho conjunto de toda a rede pública de saúde. Um exemplo é o Hospital Regional de Ceilândia (HRC), que doou quatro bombas de infusão para Sobradinho. “Para abrir um leito é preciso de três a quatro bombas de infusão, porque são para pacientes graves”, ressalta a diretora do HRS, Juliana Queiroz.
Além disso, com o suporte do Instituto de Gestão Estratégica de Saúde do Distrito Federal (Iges-DF), foi possível conseguir um respirador da Unidade de Pronto Atendimento (UPA) de Sobradinho para a UTI adulto. Por fim, com a renovação do contrato de manutenção no HRS, o monitor para o leito recebeu manutenção e foi arrumado.
ENVOLVIMENTO
“Houve o envolvimento de toda a rede. Diante do grande número de pacientes que tem esperado por uma vaga de UTI, esta é mais uma oferta à disposição e causa um impacto enorme no atendimento. Com isso, vamos aumentar o suporte para a Região de Saúde Norte e toda a rede”, ressalta a diretora.
Em média, 120 pacientes aguardam por um leito de UTI adulto na rede. Desses, cerca de dez precisam de hemodiálise, que são os mais graves e demoram mais tempo na unidade. “A taxa de permanência chega a ser de até 30 dias, a depender da complexidade e do tempo de espera. A maioria é de idosos e com doenças pré-existentes, como diabetes e hipertensão”, conta Queiroz.
Dos oito leitos na UTI adulto do HRS, seis são regulados, disponíveis por meio do Complexo Regulador da Secretaria de Saúde. Os dois restantes funcionam como retaguarda para atender aos pacientes que passaram por cirurgias eletivas no hospital. “Em geral, são pacientes com câncer, ou com fratura de fêmur, que ficam internados por até dois meses no hospital”, informa a diretora.
Leandro Cipriano, da Agência Saúde
Fotos: Breno Esaki/Saúde-DF