“Quem quiser comprar morango tem que ir para Brazlândia/
Quem quiser ver o museu vai ali na Candangolândia/
Mas repente e cantoria tem que buscar na Ceilândia”
O recado, de improviso, quem dá, com muito bom humor e propriedade, é Zé do Cerrado. Radialista, poeta e cordelista paraibano há 20 anos radicado no Cerrado, o presidente da Casa do Cantador – espaço ícone da poesia e do cordel -, é só mais um dos milhares de nordestinos que abraçaram a cidade de Ceilândia como sua segunda casa. São quase 70% entre baianos, cearenses, maranhenses, pernambucanos e piauienses, estes últimos com a maior representatividade no quadradinho. Uma realidade tão visível pelas ruas da RA que, no último dia do ano de 2019, o governador em exercício, Paco Britto, sancionou a Lei nº 6.474 declarando a “satélite” como a Capital da Cultura Nordestina do Distrito Federal.