Violência contra manifestantes de enfermagem e contra imprensa é criticada em plenário

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Os últimos dias em Brasília foram marcados por atos de violência contra trabalhadores de enfermagem que se manifestavam, na frente do Palácio do Planalto, em 1º de maio, a favor do isolamento social; e por agressões a profissionais de imprensa que cobriam manifestação pró-governo Bolsonaro em 3 de maio. Esses fatos repercutiram na sessão remota da Câmara Legislativa do Distrito Federal nesta terça-feira (5).

O deputado Jorge Vianna (Podemos) destacou que maio é o mês em que se realiza a Semana de Enfermagem, e repudiou as ofensas e agressões dirigidas às enfermeiras e aos enfermeiros durante a manifestação no feriado.

“Não podemos tolerar afronta a direitos e garantias individuais”, afirmou o deputado Leandro Grass (Rede), ao lamentar os recentes atos de violência tanto contra os trabalhadores da enfermagem como da imprensa. A deputada Júlia Lucy (Novo) concordou: “Esses fatos assustam quem defende a democracia, e muita gente acaba se calando por medo de ataques. São violências injustificáveis”.

Por sua vez, o deputado Chico Vigilante (PT) pregou respeito à democracia: “Essa é uma planta muito tenra ainda e que deu muito trabalho para ser conquistada. Não podemos aceitar esse tipo de violência”. O distrital completou: “O capiroto tresloucado que chegou à presidência da República não tem apreço à democracia”.

Mais críticas – Durante a sessão remota, parlamentares teceram críticas também ao governo local. Jorge Vianna demonstrou insatisfação com o secretário de saúde do DF, Franscico Araújo, que anunciou ontem (4) estarem disponíveis mais dez leitos de UTI no Hospital Regional da Asa Norte. “Fui lá hoje de manhã e não é verdade, ainda não podem receber ninguém. Leito de UTI não se faz só com cama, monitor e bombas. Precisa de respirador, equipe e logística”, disparou o distrital. “O governador tem de ser melhor assessorado para não passar informação errada para população”, concluiu.

Já a deputada Arlete Sampaio (PT) contou que estão sendo derrubados barracos na quadra 601 da Samambaia. “Não podemos, nesse momento de pandemia, deixar ninguém ao relento”, defendeu.

Guará – O deputado Delmasso (Republicanos) destacou que a região administrativa do Guará completa hoje 51 anos. O parlamentar apontou avanços na RA nos últimos anos, mas se mostrou preocupado com o crescimento do número de infectados pelo vírus Covid-19 na área. “Muitas pessoas não estão respeitando o isolamento social, e o Guará já está em terceiro lugar no número de casos no DF”, disse. O distrital informou que irá encaminhar ofício para a Administração Regional, Polícia Militar e Bombeiros, pedindo que orientem a população.

Cultura – Durante a sessão remota, o deputado Cláudio Abrantes (PDT) lamentou as recentes mortes do compositor Aldir Blanc, em decorrência do Covid-19, e do ator Flávio Migliaccio, que cometeu suicídio. “São grandes perdas para a cultura, área tão pouco respeitada pelo Estado brasileiro”, afirmou. “Foi o primeiro setor a entrar em crise nessa pandemia, e deverá ser o último a sair”, completou.

Denise Caputo
Núcleo de Jornalismo – Câmara Legislativa

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