Para garantir mais 14 leitos de UTI e reforçar os atendimentos gerais na rede pública durante o pico da pandemia, a Secretaria de Saúde pretende suspender temporariamente as cirurgias eletivas nos hospitais públicos, pelo período de 29 de junho até 10 de julho. A exceção será para os procedimentos oncológicos, cardiovasculares e transplantes, que continuarão sendo feitos normalmente.
De acordo com o secretário adjunto de Assistência à Saúde, Ricardo Tavares, a medida foi divulgada em uma circular entre os gestores da pasta e será importante para assegurar uma retaguarda de leitos em um momento em que é esperado uma demanda maior nos hospitais.
“Todos os estudos epidemiológicos mostram que esse período entre o final de junho e início de julho é o que teremos mais casos de pacientes com Covid-19. Então, a procura à rede hospitalar vai ser maior. Com a medida, teremos 14 leitos de UTI geral reservados para cirurgias eletivas que vão poder apoiar a rede”, informou Ricardo Tavares.
Ainda segundo o gestor, cada hospital público tem entre dois a três leitos reservados às cirurgias eletivas. Além disso, as enfermarias cirúrgicas também podem ser utilizadas como suporte, caso seja necessário.
“Elas podem se tornar enfermarias de retaguarda para egressos de UTI. Por exemplo, pacientes que tiveram alta podem voltar às enfermarias, para termos um giro de leitos maior e não sobrecarregar o sistema de saúde, porque outras demandas vão continuar, como infarto ou AVC. As emergências também continuarão funcionando normalmente, com os politraumatismos”, explicou.
Remarcações
Assim, os pacientes com alguma cirurgia de menor gravidade agendada entre os dias 29 de junho e 10 de julho, como retirada de amígdala ou vesícula, por exemplo, serão remarcados para depois dessa data. Como são procedimentos de menor gravidade, será possível agendar para outro momento, avalia o secretário adjunto de Assistência à Saúde.
“Essa semana continua normal, para não ter prejuízo aos que já se programaram. Mas os que tinham algo na semana seguinte serão remarcados, pois são procedimentos que podem esperar. Como as cirurgias são reguladas, o próprio Complexo Regulador faz a marcação”, ressaltou Ricardo Tavares.
*Com informações Secretaria de Saúde
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