A Associação Brasiliense de Peritos Papiloscopistas (Asbrapp) participou na tarde desta segunda-feira (22), das 15h às 16h, da paralisação nacional, chamada de “Lockdown da Segurança Pública” – mais um ato de mobilização para demonstrar o descontentamento com a forma que o governo federal tem tratado os policiais de regime civil.
Para a presidente da Asbrapp, Maíra Lacerda, a associação participa desses movimentos da União dos Policiais do Brasil (UPB) como uma resposta ao descaso com que o governo tem tratado a categoria policial civil (carreira típica de Estado), contra as medidas do governo. A Asbrapp soma-se a outras 18 categorias.
“Temos que assegurar os nossos direitos. Quando o policial age de maneira displicente com os policiais, ele, consequentemente, faz o mesmo com a população, afinal nós trabalhamos em prol da segurança das pessoas. É importante que o governo se sensibilize com essas nossas demandas da PEC da Reforma Administrativa (PEC 32/20). Além disso, precisamos ser colocados no grupo prioritário da vacinação”, afirma Maíra Lacerda.
O presidente eleito do Sinpol-DF, Alex Galvão, ressalta que é cada vez mais importante a união dos policiais de todo o país para lutarem contra o que está acontecendo, pois, segundo ele, desde a reforma da Previdência os policiais só vêm sendo prejudicados nessas reformas.
“O policial não está mais sendo reconhecido pelo trabalho que desenvolve pela sociedade. Nossa cota de sacrifício já é diária. É mais um ato de uma sequência que estamos programando para combater a reforma administrativa em tentar recuperar alguma coisa do que já nos foi tirado”, observa o presidente do Sindicato.
Já para o presidente do Sindicato dos Delegados de Polícia do DF (Sindepo) e da Associação Nacional dos Delegados de Polícia Judiciária (ADPJ), Rafael Sampaio, o momento é crucial. “Não somos de nos acovardar. Somente com a união de todas as categorias podemos ter alguma justa nessa batalha tão injusta. A integração é nossa maior arma” , alegou o delegado.
Saiba mais
As paralisações pretendem demonstrar publicamente o repúdio com as medidas que, nos últimos anos, têm prejudicado a categoria – indo de encontro, inclusive, às promessas de valorização da Segurança Pública que pautaram a candidatura do atual governo.
Além de condenar também a Reforma Administrativa, que poderá representar ainda mais perdas de direitos e a precarização do Serviço Público, os policiais civis do DF utilizarão o momento para cobrar do governo distrital a antecipação da vacinação para a categoria.
Atualmente, os servidores da Polícia Civil do DF (PCDF) estão no quarto grupo de vacinação (junto com os professores). No entanto, essa posição não reconhece o alto risco de contágio na instituição, uma vez que, os policiais estão em atividade permanentemente e, no atendimento nas delegacias, na custódia de presos, em ações ou operações, mantêm contato direto com centenas de pessoas todos os dias.
LOCKDOWN
Os policiais civis interromperam as atividades às 15h, deslocando-se, então, para a frente das suas unidades de trabalho. No caso do Complexo da PCDF, a concentração foi em frente à portaria principal.
Ao longo do fim de semana, o Sinpol-DF irá distribuir faixas em todas as delegacias. Elas deverão ser afixadas em local de destaque durante a hora de lockdown.
Fonte: Marcos Linhares/Ascom Asbrapp
Com informações da Ascom do Sinpol/DF