Campeonato de Jiu-Jitsu reúne os melhores atletas

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Um público entre duas a três mil pessoas lotou o Ginásio de Esportes do Cruzeiro, no Cruzeiro Novo, neste domingo (8), durante o Campeonato Brasiliense de Jiu-Jitsu, intitulado Distrito Federal Open International 2019, promovido pela Federação Brasiliense de Jiu-Jitsu Desportivo (FBJJD).

Cerca de 650 atletas se inscreveram na competição, que abrigou competidores de vários estados do país. No evento, também participaram 180 crianças, incluindo as categorias de projetos sociais – atletas cadeirantes, com síndrome de Down e autistas.

O governador em exercício Paco Britto foi recebido pelo presidente da Federação, Francisco Santoro (Kiko, como é conhecido no meio esportivo), atleta profissional número 1 do ranking da Região Centro-Oeste, desde 2007.

O Governo do Distrito Federal apoia a realização do evento, por meio do programa Compete Brasília, da Secretaria de Esporte e Lazer, e da Administração do Cruzeiro, que cedeu o espaço do ginásio para essa causa nobre.

“É indiscutível a importância do esporte como ferramenta, a fim de conscientizar as crianças e os jovens de suas capacidades, para afastá-los da ociosidade, das drogas e da marginalidade”, frisou Paco.

Para o administrador regional do Cruzeiro, Cláudio Simões (Cacau, para os mais próximos), esses eventos esportivos, e também os culturais, fomentam a educação dos jovens e crianças. “Sempre apoiamos. Recebemos como muita alegria (o campeonato)”, considerou.

O intuito da competição é proporcionar o crescimento e o desenvolvimento do esporte no DF. O goiano Yadan Martins Bueno, 22 anos, faixa preta, elogiou a estrutura do evento brasiliense. “A estrutura é boa e a qualidade dos competidores é de alto nível”, garantiu, informando ainda que estava afastado há dois anos das lutas. Bueno coleciona títulos: é campeão goiano, brasileiro e mundial.

Medalhas

Wander Evangelista Lucas, 21 anos, e Alan Leão, 19 anos, respectivamente, atletas de Belém (PA) e Maceió (AL), receberam, especialmente, as medalhas de primeiros colocados, na categoria faixa azul, das mãos do governador em exercício. Há três anos praticando essa luta esportiva, os atletas estão acostumados, segundo eles, ao pódio. “Vim buscar o que é meu. Eu moro na academia de Jiu-Jitsu do Guará”, revelou Wander Lucas.

“Estamos preparando para algo maior, o campeonato europeu, que será realizado em janeiro do ano que vem, em Portugal”, completou Alan. Eles treinam três vezes ao dia, sendo uma hora e meia cada treino, além das atividades físicas. “Precisamos de apoio dos empresários”, pediram.

Especial

Anderson Cláudio Campos, 23 anos, brasiliense, enche a família de orgulho. Ele já ganhou 15 medalhas de ouro, duas de prata e duas de bronze. Portador da síndrome de Down, é faixa marrom e treina em Águas Claras. Ele estava pronto para mais uma competição.

Assim como ele, outros atletas dessa categoria buscam no esporte a realização pessoal. “Eu tenho um filho autista de quatro anos e puxei para causa própria a inclusão dessa categoria especial nos campeonatos”, revelou o campeão Kiko.

“As pessoas têm receio. Pensam, por exemplo, que os cadeirantes podem se machucar durante as lutas. Quero tranquilizá-los, pois somos profissionais e aqui só têm pessoas gabaritadas nesse esporte. Essa forma de inclusão, inclusive, virou modelo para vários lugares do país”, ponderou, revelando sua luta pela inclusão dos atletas cadeirantes e portadores especiais de autismo e Down.

Participaram do evento os respectivos vice-presidente e diretor de evento da FBJJD, Juliano Leiro, e Rodrigo Castro; o deputado distrital Reginaldo Sardinha; famílias dos atletas; admiradores do esporte; entre outros.

Fonte: Lucíola Barbosa/ Agência Brasília
Foto: Vinicius de Melo/Agência Brasília

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