Como o aumento dos combustíveis deverá encarecer alimentos e transporte?

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O aumento dos combustíveis no início deste mês não deve afetar somente os proprietários de veículos particulares e motoristas de aplicativo, como alegou um entrevistado pela TV Band que viralizou recentemente na internet. O impacto deverá refletir diretamente em outros produtos e serviços que fazem parte do cotidiano de todos brasileiros, desde o pãozinho francês às passagens de ônibus. “É muito difícil a situação econômica do país e não há como a população fugir dessa ciranda de preços altos, inflação disparando, alta do combustível, desemprego e baixa renda”, avalia o economista Flauzino Antunes.

O especialista em Economia explica que os reajustes cobrados nas refinarias (diesel 24,9%, gasolina 18,8% e Gás Liquefeito de Petróleo 16%) influenciam na variação da inflação, impactando, principalmente, no frete dos alimentos. De acordo com o Boletim Focus desta segunda (21/3), a previsão da inflação de 2022 subiu pela 10ª semana seguida, avançando para 6,59%.

“Todos os produtos, desde a construção civil até a agricultura (tomate, alface, feijão) vão precisar, de uma maneira ou de outra, utilizar meios de transporte durante seu processo de produção. Se o petróleo aumenta, esse custo vai ser repassado ao consumidor final. É um efeito dominó que quando se aumenta o custo lá na base, há uma grande inflação de custos”, explica.

“Elencar um produto que mais vai sentir esse preço é difícil porque o aumento será de forma generalizada na economia, desde uma folha de papel às passagens de ônibus. Isso sem contar o impacto do conflito entre Rússia e Ucrânia, e ainda uma pequena influência da pandemia da Covid-19. O impacto agora vai começar a ser maior porque o conflito ainda não terminou e ainda teremos as consequências disso: vão ficar mais caros o ovo, a carne, a cesta básica. Todos os preços desses itens vão subir nos próximos meses, principalmente, na virada de abril”, analisa o economista.

Flauzino Antunes destaca que diante dos constantes aumentos, o salário mínimo não corrigiu com a inflação do período e o país não está gerando emprego. “É um custo de vida muito elevado para pouca renda. É muito difícil a situação econômica do país e não há como fugir dessa ciranda de preços altos, com inflação disparando, alta do combustível, desemprego e baixa renda”, afirma.

Para tentar driblar o aumento dos gastos, algumas dicas são: pesquisar antes de comprar, cortar ítens desnecessários, evitar parcelamentos e empréstimos.

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