O deputado João Cardoso (Avante) cobrou na última terça (22/6), durante sessão parlamentar da Câmara Legislativa, o pagamento correspondente aos sábados letivos dos professores de contrato temporário do Distrito Federal.
Na ocasião, o distrital cobrou informações da Secretaria de Educação e pediu celeridade no pagamento dos professores. Segundo denúncias recebidas pelo parlamentar, o problema é recorrente e vem se arrastando desde março, depois que foi feito um acordo entre o governo e a categoria para trocar o trabalho do mês de janeiro por 11 sábados letivos em período integral, totalizando 200 dias letivos.
“Esses guerreiros estão aí completando as lacunas que existem por falta de concurso público da nossa Secretaria de Educação, sempre cumprindo com a missão deles. Mas os dias letivos dos sábados estão atrasados”, denunciou João Cardoso, que também é professor da Secretaria de Educação.
Desvalorização
A presidente da Associação dos Professores Temporários (Aprotemp), Sábatha Borges, afirma que aproximadamente são 10 mil professores que estão sendo prejudicados pela falta de pagamento e que o valor de 16 milhões já teria sido autorizado pela Secretaria de Economia para a correção do contracheque dos temporários.
“São sete sábados letivos ainda a serem pagos. Eles dizem que estão resolvendo, mas até hoje o dinheiro não caiu na conta. Estamos trabalhando sem nenhum documento oficial da SEDF que nos informe nada de concreto. Seriam em média mais de R$ 1.200 na conta de cada professor”, conta.
Outra queixa é quanto a desvalorização e a falta de profissionais. De acordo a Aprotemp, todas as vagas deverão estar disponíveis no próximo edital para o concurso de professores efetivos, ainda sem previsão. As datas dos sábados letivos remotos são: 13 e 27 de março, 10 e 24 de abril, 8 e 29 de maio, 19 de junho, 10 de julho, 23 de outubro, 6 de novembro e 18 de dezembro, sendo sete sábados já trabalhados.
“Infelizmente observamos um grande erro nos pagamentos dos professores de contrato temporário. Contamos com o apoio dos professores efetivos porque nossos salários precisam vir sem erros. Estamos cansados de lutar para que a categoria não seja tratada de forma diferenciada”, desabafa.
“Estamos trabalhando aos sábados sem remuneração”, reforça a diretora da Aprotemp, Gabriela Inácio.