Em sessão extraordinária remota da Câmara Legislativa do Distrito Federal nesta terça-feira (23), o deputado Chico Vigilante (PT) voltou a criticar o processo de terceirização para o fornecimento de merenda escolar para a rede pública de ensino do DF. Segundo o parlamentar, foi a “maracutaia” envolvida nesse processo que causou a exoneração, na última quinta-feira (18), do ex-secretário de Educação do DF, João Pedro Ferraz. Vigilante citou o caso de Santa Catarina, onde a merenda é fornecida por empresa terceirizada, para argumentar que lá a “comida não presta” e o “suco é de latinha”, motivo pelo qual os próprios alunos dispensam a refeição, ao exemplificar que uma escola pública catarinense, onde há cinco mil alunos, apenas mil optaram pela merenda escolar.
Já no Distrito Federal, de acordo com o parlamentar, a merenda escolar tem outro padrão, uma vez que os produtores rurais do DF fornecem os alimentos, que são preparados pelas merendeiras das escolas, o que garante a qualidade das refeições e o suco natural servido aos alunos. Se a terceirização prevalecer “vai se instalar uma máfia no DF”, afirmou. A deputada Arlete Sampaio (PT) corroborou com a posição contrária à terceirização no fornecimento das merendas.
Franci Moraes
Núcleo de Jornalismo – Câmara Legislativa