Catarina Lima, da Agência Brasília I Edição: Débora Cronemberger
A Dival fica no Setor de Áreas Isoladas Norte (Sain), lote 4, Estrada do Contorno Bosque, Noroeste. O horário de visitação é das 10h às 15h, de segunda a sexta-feira. Os bichos que estão disponíveis para adoção costumam parecer desconfiados e medrosos à primeira vista, mas, com carinho e atenção, podem se tornar bons companheiros. Entre os 33 animais à espera de um novo lar, a maioria é adulta, mas também há filhotes.
É exigido que o futuro tutor tenha mais de 18 anos e apresente comprovante de residência. Também é preciso levar coleira, em caso de cachorro, e caixas de transporte, quando se tratar de gatos. No momento, 23 gatos e dez cães estão no canil da Vigilância Ambiental à espera de adoção.
Quem preferir, pode adotar por meio da ONG Amigos da Zoonoses, voluntários cadastrados na Secretaria de Saúde (SES) que cuidam da saúde e do bem-estar dos animais disponíveis para facilitar a adoção. Para isso, basta acessar o site Amigos da Zoonoses e responder a um formulário com perguntas sobre como serão os cuidados e o convívio com o cão ou o gato. Depois, junto à equipe de voluntários, é formalizada a adoção.
O veterinário Isaías Chianco, da Diretoria de Vigilância Ambiental, lamentou que a procura por animais para adoção seja pequena. “Os animais chegam aqui por decisão judicial ou por ação de algum órgão fiscalizador”, explicou. As decisões judiciais são decorrentes de casos comprovados de maus-tratos, falecimento do tutor ou interdição de espaços onde os bichos se encontram.
Os animais, então, ficam em observação clínica por dez dias para checar se há sintomas de raiva e são examinados contra a leishmaniose visceral. Caso não seja identificada nenhuma das doenças, recebem a vacina antirrábica e o controle de vermes e carrapatos. Em seguida, são disponibilizados para adoção.
Nos demais casos, o recolhimento ocorre e quando há suspeita de risco à saúde pública. Segundo Isaías, os cães e gatos que não são adotados permanecem no canil da Zoonoses. “Mantemos a dignidade dos que estão sob nossa guarda”, destacou.
Em 2021, 496 animais chegaram ao órgão por determinação judicial ou por vínculo epidemiológico. Todos foram vermifugados, vacinados contra raiva e testados contra leishmaniose, conforme o procedimento. Naquele ano foram adotados 125 exemplares – número que, em 2020, saltou para 516.