Feiras vão discutir violência contra mulher

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Os dois casos mais chocantes de feminicídio ocorridos em Sobradinho, em junho do ano passado, ainda estão dolorosamente vivos na memória da população serrana. No dia 17, uma psicóloga e professora, de 41 anos, foi estrangulada pelo marido e pai de seus filhos, após uma crise de ciúmes.

Outro caso ocorreu, três dias depois, na noite do domingo 20, quando uma cirurgiã-dentista, de 27 anos, foi morta a tiros, pelo ex-companheiro, na frente da filhinha deles, de apenas dois anos. Os criminosos eram reincidentes nas agressões e estão presos.
Sobradinho II vive a mesma realidade e registra casos pavorosos, como o da cabelereira morta a facadas, pelo companheiro, também na frente da filhinha de 2 anos, no dia 8 do mesmo mês de 2021. Na terça-feira de carnaval, o corpo de outra mulher foi encontrado com sinais de violência, entre a Torre Digital e o Itapoã.

Mas este mês de março de 2022 está se revelando particularmente violento para as mulheres da região de Sobradinho. Nesta segunda-feira (21), um homem de 41 anos esfaqueou a companheira, nas imediações da chácara São Jorge.

No domingo (20), no bairro Arapoanga de Planaltina, um homem de 44 anos foi preso, após confessar ter estrangulado a esposa. Já no sábado (19), um jovem de 20 anos foi preso, por agentes da 13ª DP, suspeito de aliciar e estuprar uma adolescente de 13, na área da Nova Colina.

Casos assim têm se multiplicado, em Sobradinho, na Saída Norte e em todo o DF, o que sensibilizou a Associação Artise de Arte, Cultura e Acessibilidade e a Associação de Mulheres de Sobradinho 2 a encararem o problema de frente.

As duas entidades promovem as Feiras de Arte e Direitos Humanos, que começaram em Sobradinho II, em 8 de Março, Dia Internacional da Mulher, e prosseguem com mais seis eventos nos próximos meses, na Praça Teodoro Freire, em Sobradinho, no domingo, 27 de março, a partir das 13h.

Segundo o presidente da Artise, maestro Alex Paz, as Feiras se constituirão de encontros lúdicos e reflexivos sobre direitos humanos, voltados ao combate ao machismo e à violência contra a mulher.

“É absolutamente necessário que as entidades sociais e a população do DF encontrem formas de evitar que esta barbárie continue acontecendo, bem na porta da nossa casa, ceifando vidas produtivas e tirando o direito das mulheres à felicidade”, observa o maestro.

A programação das feiras consta de atendimento às mulheres vítimas de violência doméstica e sob risco de feminicídio, por terapeutas, advogados e especialistas na Lei Maria da Penha; além de oficinas de Capoeira, Artesanato, DJs e Dança; Palestras e Peças teatrais, durante o dia. À noite, haverá confraternização e shows, com as cantoras Dani Machado e Vanessa Porto, na praça de alimentação.

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