Em seu aniversário de dez anos, o Parque Ecológico da Asa Sul será a 13ª unidade a receber a Força-Tarefa dos Parques do Governo do Distrito Federal. A novidade é que, além das ações já previstas no pacote de intervenções, agora serão construídos banheiros públicos – a ausência deste tipo de estrutura é uma das principais queixas dos frequentadores.
Como não constam do plano de revitalização da força-tarefa, os recursos para as obras virão de multas ambientais. As ações de reforma são coordenadas pela Secretaria de Meio Ambiente (Sema) e pelo Instituto Brasília Ambiental, com execução a cargo da Secretaria de Governo e em parceria com outros órgãos do GDF.
Além dos banheiros, o espaço ganhará placas de sinalização da pista de cooper, com pintura de faixa delimitando espaço para pedestre e bicicleta, bem como instalação de placas verticais; instalação de portões nas entrada principais; substituição de placas de sinalização; implantação de calçamento de acesso ao parque; organização da rede elétrica, com remoção de acesso à energia clandestina; implantação de acesso para pedestre, por meio da instalação de piso intertravado, bloquetes ou brita no caminho para a Ecoteca; e reforma do parque infantil. Podas de vegetação, limpeza e pintura também integram o pacote de melhorias.
O parque recebeu nesta quarta-feira (16) as visitas do secretário do Meio Ambiente, Sarney Filho, do presidente do Brasília Ambiental, Cláudio Trinchão, e de integrantes da Força-Tarefa do GDF.
Localização
Criado em 10 de setembro de 2003 com o objetivo de proteger uma nascente do local, o parque ocupa uma área de 21,73 hectares e está localizado entre as vias L2 e L4 Sul. Já dispõe de Plano de Manejo publicado, no qual estão previstas as providências para sua efetiva implantação.
A infraestrutura do parque inclui pista de cooper, Ponto de Encontro Comunitário (PEC), parque infantil, circuito de malhação, pergolado da lagoa, quadras de esporte, avistamento de fauna e Unidade Demonstrativa de Permacultura (UDC) ou Ecoteca – estrutura temporariamente usada como módulo demonstrativo de bioconstrução que funciona como sede administrativa.
Bosque
No parque foi implantado o Bosque Rio +20, com mais de dez mil mudas do Cerrado, trilhas interpretativas, bacia de evapotranspiração, círculo de bananeiras e agrofloresta.
Funciona diariamente das 6h às 20h, com entrada gratuita. Recebe, em média, mil visitantes por semana, em sua maior parte moradores das quadras próximas. Como o servidor público Antônio Lustosa, morador da 216 sul que frequenta o local desde o início. Para ele, o espaço é muito agradável e excelente para a prática de atividades físicas.
“Desde que descobri que podia me exercitar aqui, passei a frequentar o local de segunda a sábado”Antônio Lustosa, servidor público
Mas Antônio destaca alguns pontos que precisam ser melhorados, como as obras no entorno do parque – que incomodam pelo barulho e pela proximidade –, as cercas caídas e a frequência da vigilância interna. “Às vezes não vemos ninguém da vigilância fazendo ronda, e em outros momentos tem vários [agentes] ao mesmo tempo. A ronda poderia ser mais equilibrada. No sábado ficamos muito isolados aqui. Mas, no geral, é um lugar muito agradável e bonito”, acrescenta.
A administração do local aponta que, desde o começo da pandemia, o parque passou a ser mais frequentado ao longo de todo o dia. Algo que não ocorria antes, quando a presença era apenas no começo da manhã e no final da tarde.
Impacto ambiental
Situado em uma área sob forte impacto dos processos de urbanização, o parque é resultado de intensa mobilização da comunidade, situação destacada pelo secretário do Meio Ambiente, Sarney Filho.
“O Parque Ecológico da Asa Sul é mais um parque que vai ser melhorado, pelo programa que já recuperou 12 parques em Brasília e cuja meta é dar conforto aos usuários em todos os parques de uso público do DF. Porém, tem alguns problemas justamente pela sua localização, pela pressão urbana que sofre e por ele ter uma nascente que precisa ser protegida”, afirma.
Ao lado do parque, uma instituição de ensino está em construção – o que exigiu, de acordo com o Brasília Ambiental, um processo de licenciamento rigoroso. “Trata-se de um parque especial localizado no coração do Plano Piloto, e que requer cuidado especial devido à proximidade de vários empreendimentos”, reforçou o presidente do instituto, Cláudio Trinchão.
* Com informações da Secretaria do Meio Ambiente
FONTE: AGÊNCIA BRASÍLIA * | EDIÇÃO: FÁBIO GÓIS