Sabor e valor nutricional! Estudantes ajudam a escolher cardápio de 2022

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Pesquisa realizada entre alunos da rede pública servirá de referência para confecção da merenda escolar no próximo ano letivo

AGÊNCIA BRASÍLIA* | EDIÇÃO: RENATA LU

Entre a última segunda-feira (22) e a quarta (24), 240 estudantes de três escolas públicas do Distrito Federal participaram de uma degustação da merenda planejada para o ano letivo de 2022. A partir da opinião deles, a Diretoria de Alimentação Escolar da Secretaria de Educação (SEE) fará a classificação sobre o preparo e os alimentos preferidos e os que as crianças e jovens rejeitam. A análise será publicada nos próximos dias e servirá para a escolha final do cardápio do ano que vem.

Os estudantes fizeram degustação do desjejum e das principais refeições servidas durante o dia | Fotos: Álvaro Henrique/Secretaria de Educação

O teste de aceitabilidade ocorreu no Centro de Ensino Médio 7 de Taguatinga, no Centro de Ensino Fundamental 113 do Recanto das Emas e no Centro Educacional 619 de Samambaia. Os estudantes puderam provar desde o café da manhã até o último lanche do dia. Depois, responderam um questionário dando as impressões sobre a comida.

“Vamos mapear as respostas dos testes de aceitabilidade e deixar o cardápio e as receitas bem saudáveis e gostosas”Fernanda Melo, diretora de Alimentação Escolar da Secretaria de Educação

A diretora de Alimentação Escolar da SEE, Fernanda Melo, explica que essa prova de cardápios é importante para aprimorar o nível da merenda nas escolas. Segundo ela, além de garantir a variedade, o trabalho vai permitir que as receitas estejam também de acordo com as expectativas dos alunos. “A opinião dos nossos estudantes é importante, e fazemos tudo para preparar as melhores opções para eles. Vamos mapear as respostas dos testes de aceitabilidade e deixar o cardápio e as receitas bem saudáveis e gostosas”, conta.

A nutricionista Juliene Santos, responsável técnica pelo programa Alimentação Escolar do DF, também vê ganhos em ouvir a opinião dos alunos. “Percebemos que os estudantes estão tendo acesso a um lanche equilibrado nutricionalmente, mas também muito saboroso. Isso é bem gratificante”, diz.

A alimentação escolar na rede pública de ensino atende 430 mil crianças e adolescentes em todo o Distrito Federal. Por ano, são servidas mais de 84 milhões de refeições e distribuídas aproximadamente 746 toneladas mensais de alimentos, montante do qual fazem parte 59 diferentes tipos de produtos.

Além de garantir a variedade, a prova de cardápios vai permitir que as receitas estejam também de acordo com as expectativas dos alunos

No CEM 7 de Taguatinga, Maria Fernanda Rodrigues, que cursa o segundo ano do ensino médio, aprovou o estrogonofe de frango com arroz e salada, um dos pratos propostos para o ano que vem. “A ideia desse projeto é muito boa”, comentou, feliz por participar da pesquisa. “Gostei do estrogonofe, muito saboroso. Atendeu as expectativas”.  Mas a colega Aide Camille, da mesma série, lembrou que alguns itens ainda devem ser acrescentados no cardápio: “Faltou algum molho ou suco para completar”.

Kaynan de Souza cursa o sexto ano no CEF 113 do Recanto das Emas. Ele afirma não gostar de todas as opções oferecidas no cardápio – cita, como exemplo, o pão com carne –, mas diz apreciar diferentes opções, coo vitamina de banana, estrogonofe, frango, galinhada e peixe, este último servido no dia em que ele participou da prova. “O peixe está muito bom, bem-temperado. Eu nem estava com fome, mas comi tudo porque estava muito bom”, disse.

Carlos Eduardo Bezerra, estudante CED 619 de Samambaia, conta que se sentiu valorizado e ouvido com a possibilidade da prova de cardápios na escola. “Eu gosto da merenda, acho que é importante para todos nós. A merenda ajuda em muitos aspectos, inclusive na concentração”, afirmou.

Merendeira desde 2011 no CEF 113 do Recanto, Vera Lúcia de Olinda Nogueira, 40 anos, revelou que nessa escola os pratos preferidos são galinhada, farofa e estrogonofe. “Quando tem isso, não sobra nada”, divertiu-se. “Sou apaixonada por estar na escola. Meu sonho era ser professora e não consegui, mas estar na cantina para mim é um presente de Deus”.

*Com informações da Secretaria de Educação

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