Santa Maria linda e limpa para o bem-estar da população

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GIZELLA RODRIGUES, DA AGÊNCIA BRASÍLIA | EDIÇÃO: MÔNICA PEDROSO

Santa Maria declarou guerra ao descarte irregular de lixo, que suja a cidade e possibilita a proliferação do mosquito Aedes aegypti, transmissor da dengue, zika, chikungunya e febre amarela. Desde janeiro, servidores da administração regional fazem parcerias com o Serviço de Limpeza Urbana (SLU), a Secretaria DF Legal, a Polícia Militar, a Vigilância Ambiental e associações de reciclagem em mutirões de recolhimento de lixo, entulho e resíduos irregulares em diversos pontos da cidade com o projeto “Cidade linda é cidade limpa”. Em apenas dez dias, entre 24 de maio e 3 de junho, foram recolhidas 350 toneladas de entulho, 50 toneladas de inservíveis, móveis velhos, e 700 pneus.

Um novo mutirão de limpeza está previsto para a segunda quinzena de junho | Fotos: Divulgação/Adm. Regional de Santa Maria

Fazer a limpeza de Santa Maria é trabalho constante da administração, que, em dias específicos, reúne os parceiros e intensifica as ações. Entre as atividades feitas no projeto Cidade Linda é Cidade Limpa, estão: a desativação de lixões irregulares, a instalação de lixeiras, o cercamento de terrenos vazios e a educação da comunidade sobre os perigos do descarte irregular.

Panfletos informativos foram distribuídos e agentes da Vigilância Ambiental reforçaram que o acúmulo irregular de resíduos se transforma em fonte para proliferação de doenças. Um novo mutirão está previsto para a segunda quinzena de junho.

Uma placa informativa para alertar a população a evitar o descarte irregular de lixo também foi instalada

Na Quadra 416, um lixão irregular foi desativado e, no mesmo local, foi construído um Ponto de Encontro Comunitário (PEC), dando um destino saudável a uma área antes marcada pela irregularidade. O PEC fez sucesso entre os moradores antes mesmo de ser inaugurado oficialmente. “Às 6h da manhã já tem muita gente usando. E à noite também vem mais gente fazer exercícios, tem uma iluminação boa. Ficou muito bom”, avalia o aposentado Raimundo das Chagas Gomes, 66 anos, que mora em Santa Maria há mais de três décadas.

Casos de dengue em Santa Maria caíram de 571 para 64 em um ano. Reflexo da limpeza na cidade

A pedido da administração, a Agência de Desenvolvimento do DF (Terracap) cercou um terreno público na quadra 516, onde a comunidade costumava jogar lixo e entulho. Constantemente a administração e o Serviço de Limpeza Urbana realizam limpeza no local, mas a comunidade insistia em fazer da área uma espécie de lixão irregular.

Uma placa informativa para alertar a população a evitar o descarte irregular de lixo também foi instalada. Com o cercamento e a sinalização, a intenção é que o terreno fique limpo e sem acúmulo de sujeiras. “Temos reforçado o pedido para que a população não descarte lixo em locais inapropriados.

Tivemos uma queda acentuada dos casos de dengue em Santa Maria e boa parte dessa diminuição é por conta do programa que busca acabar com o lixo nesses terrenos vazios”, destaca Marileide Romão, administradora de Santa Maria.

Baixa na dengue

Os casos de dengue em Santa Maria diminuíram drasticamente entre janeiro e março deste ano em comparação ao mesmo período do ano passado. Foram notificados 64 casos este ano, contra 571 casos no ano passado, uma redução de 88,7%.

Marileide lembra que as multas por descarte irregular de resíduos aplicadas pelo DF Legal variam de R$ 2.179 a R$ 21.794, de acordo com a gravidade. Se forem radioativos ou tóxicos, a infração pode chegar a R$ 217.946. Ela também ressalta que Santa Maria tem pontos regulares para o descarte de lixo e entulho: um papa-entulho, instalado na QR 219, e cinco papa-lixos. Dois no Setor de Mansões Abraão, um na Rua 1 e outro na Rua 3, no Residencial Santa Maria, no Condomínio Porto Rico e no Setor Habitacional Água Quente.

O papa-lixo é um contêiner semienterrado, com capacidade de até 5 m³, que possibilita o armazenamento dos resíduos de forma segura e limpa, evitando, assim, o descarte irregular e a proliferação de vetores. Deve ser utilizado para receber resíduos orgânicos e indiferenciados (coleta convencional).

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